O folk-rock de Tulegur está entre a Mongólia e Pequim
Tulegur Ganzi vive em Pequim e gosta de Nirvana. Mas à noite, quando fecha os olhos, o que ouve é som do galope dos cavalos, o que vê são as pastagens da Mongólia Interior onde nasceu. Por vezes, debaixo do fato tradicional, veste a t-shirt de uma banda de hard-rock, e é dessas discordâncias que se faz a sua identidade. Nele, as raízes são também uma vontade. Por exemplo, o canto diafónico khommei dos seus antepassados foi descobri-lo em Pequim, pois nunca o tinha ouvido na sua terra natal. Não é fácil aplicar-lhe um género: rock étnico acústico? folk-rock mongol? grunge das estepes? É também esse o desafio deste concerto, onde as suas incursões pela tradição têm contraponto urbano na guitarra elétrica e nas percussões de Zongcan.
Foto (c) Yan Ting